sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Ministério da Cultura já tem novo gestor, ou melhor gestora

Ana de Hollanda, futura ministra da Cultura, conversou com jornalistas no Rio

A cantora e compositora Ana de Hollanda foi escolhida pela presidente eleita Dilma Rousseff para ser a nova ministra da Cultura. Ela será a primeira mulher a assumir a chefia do Ministério da Cultura, concretizando o desejo anunciado por Dilma de ter mais mulheres em cargos de chefia na Esplanada.

Ana de Hollanda esteve em uma sala de reuniões do edifício do BNDES para sua primeira coletiva de imprensa após o anúncio oficial feito pela equipe de transição. O encontro aconteceu na manhã desta terça-feira (22), no Rio de Janeiro.

Na conversa, a futura ministra falou de suas prioridades de gestão e se revelou ainda surpresa com o convite que recebeu da presidente eleita. Ana também reconheceu a qualidade da gestão iniciada por Gilberto Gil e continuada por Juca Ferreira, e destacou especialmente o trabalho realizado em regiões do Brasil onde anteriormente o MinC não atuava. Ela também assegurou que pretende dar continuidade a uma série de políticas culturais já implantadas e destacou a importância da criação do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) e da implementação dos Pontos de Cultura como exemplos de ações de fortalecimento da política cultural no Brasil.

“O MinC tem dado prioridade em atender classes desfavorecidas, o que tem proporcionado um grande trabalho de inclusão social. Pretendo aproveitar essas ações e manter a Cultura como fator de inserção social”, disse Ana de Hollanda. “Não quero interromper este trabalho bem feito que tem sido desenvolvido pelo Ministério da Cultura, mas é evidente que cada gestor tem uma visão e vai dar suas prioridades ao que for necessário”, completou.

Para a futura nova ministra, o centro da cadeia produtiva está na área da criação e destacou que pretende desenvolver um trabalho maior de fomento e difusão dessa área, passando pela música, o cinema, as artes plásticas, o circo, o design, o teatro, a dança, entre outras áreas. Ela também revelou sua preocupação com a diversidade cultural brasileira e pretende trabalhar em parcerias com os diversos setores, focalizando também na integração entre os ministérios.

Quando questionada pelos jornalistas sobre as reformas da Lei dos Direitos Autorais e da Lei Rouanet, Ana de Hollanda afirmou que essas questões continuarão sendo discutidas pelo Ministério da Cultura e acompanhadas por especialistas do setor, que analisarão o que deve ser mantido ou alterado ao longo de sua gestão.

Ana defendeu ainda a inserção da Cultura como fator relevante para elevação do nível social e de conhecimento do brasileiro, e que isso deve ser feito tanto por meio do consumo como da participação criativa. “A cultura é uma necessidade do ser humano prevista na Declaração Universal dos Direitos Humanos, o que naturalmente demonstrará a necessidade de mais verbas para esse setor”, declarou.

Trajetória
A Cultura sempre teve uma presença forte na vida de Ana de Hollanda, que vem participando de discussões do setor há pelo menos 30 anos.
Trabalhou no Centro Cultural São Paulo, da Secretaria Municipal de São Paulo, de 1982 a 1985, e chefiou o setor de música do órgão. Foi também Secretária de Cultura do Município de Osasco, entre 1986 e 1988, e diretora do Centro de Música da Funarte (Fundação Nacional de Artes), entre 2003 e 2007, quando teve a oportunidade de reavivar o Projeto Pixinguinha. Na Funarte, Ana de Hollanda também participou do projeto de criação das Câmaras Setoriais e coordenou a Câmara Setorial de Música.

Nos últimos três anos, ela fez parte da diretoria do Museu da Imagem e do Som (MIS), do Rio de Janeiro.

Fonte: Ministério da Cultura

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Fundarpe lança edital do Funcultura 2010/2011 com R$ 22 milhões para produção cultural independente

Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura terá maior valor da história e vai contemplar projetos em 11 áreas. Somado ao edital do Audiovisual, investimento em seleção pública totaliza R$ 30 milhões
Fundarpe
O Governo do Estado, por meio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), acaba de lançar a edição 2010/2011 do edital público Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura, o Funcultura, que garantirá à classe artística um fomento da ordem de R$ 22 milhões. Somado esse valor aos R$ 8 milhões do Funcultura/Audiovisual, já lançado, o Estado conta, este ano, com o investimento recorde de R$ 30 milhões em projetos da produção independente.

O edital está disponível
aqui.

Seguindo a diretriz da interiorização das ações de cultura, os recursos do Funcultura serão distribuídos em projetos nas 12 Regiões de Desenvolvimento, favorecendo o desenvolvimento da cadeia produtiva da cultura de forma descentralizada. Assim, artistas e produtores da Região Metropolitana do Recife, da Zona da Mata, do Agreste e do Sertão terão a oportunidade de inscrever projetos nas áreas de Artes Cênicas (compreendendo teatro, dança, circo e ópera); Fotografia; Literatura; Música; Artes Plásticas, Artes Gráficas e congêneres;  Cultura Popular e Artesanato; Patrimônio; Pesquisa Cultural;   Artes Integradas; Formação e Capacitação; e Gastronomia. O edital é restrito produtores culturais cadastrados na Fundação e residentes no Estado de Pernambuco a pelo menos um ano.

Saiba como fazer seu
Cadastro de Produtor Cultural.

Em Artes Cênicas, o montante destinado será R$ 3,88 milhões, sendo R$ 1,19 milhão para Dança, R$ 910 mil para Circo, R$ 380 mil para Ópera, e R$ 1,4 milhão para Teatro. Na área de Fotografia, o valor é de R$ 1 milhão. Mesmo montante destinado à Literatura. Música conta com R$ 2,1 milhões.

Em Artes Plásticas, Artes Gráficas e Congêneres, o Funcultura garante um investimento de R$ 1,5 milhão. A área de Cultura Popular, Folclore, Artesanato e Congêneres ganha força com o incentivo da ordem de R$ 2,3 milhões, sendo R$ 1,8 milhão especificamente para Cultura Popular e Tradicional, e R$ 500 mil para Artesanato.

Outra área de destaque é a de Patrimônio que, entre as várias linhas de ação, engloba obras de restauração de bens materiais, como igrejas, teatros, cinemas, casarios, etc. Para esse setor, o Governo do Estado destina R$ 2,18 milhões. Em Pesquisa Cultural, serão destinados R$ 3,33 milhões, enquanto que em Formação e Capacitação conta com R$ 3,52 milhões. Quem quiser concorrer na área de Artes Integradas contará com R$ 570 mil. Gastronomia, a mais recente de todas as áreas, tem o orçamento de R$ 310 mil.


INSCRIÇÕES –
As inscrições do Funcultura 2010/2011 serão realizadas entre 8 de fevereiro de 2011 a 14 de março do mesmo ano, no horário das 8h às 12h, na sede da Fundarpe, situada na Rua da Aurora, nº 463/469 – 1º andar, Boa Vista. Também serão aceitas propostas enviadas por correspondência (via SEDEX), com data de postagem até o último dia de inscrições.

HISTÓRICO –
O Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura é o mecanismo que o Governo do Estado concebeu e implantou, a partir de 2003, para unificar as ações de incentivo à cultura em Pernambuco, iniciadas em 1996, com a edição da Lei nº 11.005, de 20/12/1993, regulamentada pelo Decreto nº 19.156, de 20/06/1996, e consubstanciadas em dois instrumentos, o mecenato e o fundo, dos quais apenas o primeiro foi efetivamente implantado.

Entre estas ações é importante assinalar a lei nº 11.914, de 28/12/2000, e o Decreto nº 23.050, de 21/02/2001, através dos quais foi ampliada a base de empresas incentivadoras, estabelecidos critérios mais rígidos para seleção e aprovação de projetos e uma forma de transferência de recursos do mecenato para o fundo, de modo a facilitar e controlar os processos de captação, favorecendo os incentivadores menores e reservando recursos para projetos culturalmente importantes, porém sem poder mercadológico.

O ano de 2007 marcou a mudança no foco do Governo do Estado no que diz respeito a fomento, formação fruição, difusão, preservação e economia da cultura em relação à produção independente, por meio de uma política de co-gestão com participação da sociedade civil das 12 Regiões de Desenvolvimento do Estado. Isso comprova o comprometimento da Fundarpe com a classe e cultura pernambucanas.

Ainda em 2007, a Fundarpe saiu na frente ao aumentar em 50% o valor do Fundo, passando de R$ 4 milhões para R$ 6 milhões. Esse valor, aliado a uma campanha de incentivo ao cadastro cultural de produtores na Fundarpe, resultou na aprovação do número de 106 projetos.

Já em 2008, o Funcultura se consolida como o maior incentivador à produção cultural independente do Estado. Por meio dele, foram destinados R$ 12 milhões para a execução de projetos artísticos. Outra novidade foi a inclusão da área de gastronomia, além de novas linhas de ação.

Em 2009, foram garantidos R$ 21 milhões para a execução de projetos da produção independente. Uma das novidades desta edição foi o retorno da linguagem do Audiovisual ao Funcultura, num edital no valor de R$ 6 milhões. As outras linguagens contaram com R$ 15 milhões.

Confira a evolução do Funcultura nos últimos cinco anos:

2006
- R$ 4 milhões/76 projetos aprovados
2007
- R$ 6 milhões/106 projetos aprovados
2008
- R$ 12 milhões/230 projetos aprovados
2009* -
R$ 21 milhões/295 projetos aprovados
2010* -
R$ 30 milhões/

*Incluindo o edital do Funcultura/Audiovisual

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Prefeitura Municipal da Ilha de Itamaracá tem projeto aprovado no Governo Federal na ordem de 1,9 milhão de Reais

O Governo Federal publicou, no dia 02 de Dezembro de 2010, a relação dos municípios contemplados pelo edital de convocação para apresentação das propostas de implantação de Praças do PAC, através da Portaria n° 484 do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com a publicação, dentre eles, a Ilha de Itamaracá, que colocou uma proposta, por intermédio da Secretaria de Educação e Cultura, para construção de uma praça com 3 mil metros quadrados formada por cine de 60 lugares, telecentro, biblioteca, salas multiuso e CRAS, pista de skate, jogos de mesa, espaço criança, quadra coberta, equipamentos de ginástica, kit básico esportivo e pista de caminhada. O valor de investimento previsto é de até R$ 1,9 milhão (Referência: SINAPI/CAIXA).

Do PAC 2

O PAC é mais que um programa de expansão do crescimento. Ele é um novo conceito de investimento em infraestrutura que, aliado a medidas  econômicas, vai estimular os setores produtivos e, ao mesmo tempo, levar benefícios sociais para todas as regiões do país.

Um país que se quer grande não se limita a cuidar apenas do presente. É preciso planejar o futuro e criar as bases para que o Brasil supere novos desafios e siga crescendo. O PAC 2 chega com a missão de manter a roda da economia girando, investindo em obras e ações que diminuem as desigualdades e geram ainda mais qualidade de vida para os brasileiros.

Vida, obra e caminhos de Gonzagão, agora disponíveis em livro e na internet

Fundarpe lança cartilha sobre o Rei do Baião, fruto de uma pesquisa feita por equipe multidisciplinar. Versão online já está disponível no portal Pernambuco Nação Cultural

O maior ícone da música popular nordestina agora tem uma publicação inteir a em sua homenagem. Luiz Gonzaga do Nascimento é analisado em 102 páginas, sob a perspectiva de técnicos da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) e de integrantes do Programa de Especialização em Patrimônio do Governo do Estado que fazem parte de uma equipe de historiadores, jornalistas, arquitetos e turismólogos. O trabalho está disponível em duas versões: uma impressa e outra digital - CLIQUE AQUI PARA ACESSAR. Aqui você vai direto para a cartilha.

Mais do que informações sobre o compositor, a cartilha Luiz Gonzaga: Patrimônio Vivo na Memória do Povo Brasileiro traz um inventário completo sobre os ambientes de origem e memória do artista. Trata-se de uma compilação de 10 textos em que se revela o sucesso provocado pelo surgimento e consolidação, em todo o Brasil, do Baião, além de apontar importantes fatores que influenciaram a música e a história de Gonzaga.

Nascido na fazenda Caiçara, no município de Exu, no Sertão do Araripe, em 13 de dezembro de 1912, Luiz Gonzaga foi o segundo rebento do casal Dona Santana e Seu Januário, de uma prole composta por nove filhos. É autor de clássicos da música brasileira, como Asa Branca e Baião. Quem se interessa pela obra do autor pode utilizar a cartilha com fonte de pesquisa, uma vez que nela contém a discografia completa do artista, desde os discos em 78 rotações, lançados entre 1941 e 1963, passando pelos LPs tradicionais (entre 1961 e 1989) e as coletâneas (1955-1988).

Outro aspecto importante abordado é o passo-a-passo do caminho percorrido por Luiz Gonzaga ao longo da vida. Primeiro pela Serra do Sertão do Araripe, nos arredores da pequena cidade de Exu, em seguida, na capital pernambucana, para, só assim, ganhar as regiões Sul e Sudeste, onde o pernambucano se consagrou.

Entre outros temas que o leitor vai encontrar, estão as relações de Luiz Gonzaga com o surgimento do rádio no Brasil, a obra e o legado do artista, além .do patrimônio cultural de Exu e os “guardiões” da memória gonzagueana. No fim do livro, ainda é possível encontrar a produção bibliográfica e audiovisual relacionada à vida do compositor e indicações de leitura. Luiz Gonzaga faleceu em 2 de agosto de 1989, em conseqüência de um câncer, depois passar 42 dias internado em um hospital no Recife.

PATRIMÔNIO MATERIAL
– Tombados pela Fundarpe, em julho de 2009, os ambientes de origem e memória de Luiz Gonzaga passam, agora, ser alvo de ações de preservação e proteção permanentes por parte do Estado. Dois ambientes foram considerados no processo de tombamento: a área funcional da antiga moradia de Januário (pai de Luiz Gonzaga), na Vila da Fazenda Araripe; e o Parque Aza Branca, com área de cerca de 3 hectares, onde se encontram a Casa de Luiz Gonzaga, o Museu do Gonzagão, o Mausoléu, Pousadas Santana e Januário e a Casa de Januário.
CONTEÚDO ONLINE
– A cartilha Luiz Gonzaga pode ser acessada, gratuitamente, de qualquer parte do mundo, por meio do portal Pernambuco Nação Cultural, no link http://www.nacaocultural.pe.gov.br/luiz-gonzaga-patrimonio-vivo-na-memoria-do-povo-brasileiro. Além da publicação, o internauta pode conferir outros 180 conteúdos, entre textos, imagens e notícias sobre o patrimônio cultural pernambucano. Todo o material está disponível para download. A publicação de materiais ligados à preservação cultural faz parte da política adotada pela Fundarpe no setor. Além dessa iniciativa, técnicos da Fundação percorrem todas as 12 Regiões de Desenvolvimento, realizando oficinas de educação patrimonial, com o objetivo de formar multiplicadores que possam repassar a mensagem da proteção e conservação dos bens materiais e imateriais de cada cidade.

Fonte: FUNDARPE

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Secretaria Executiva de Cultura e Loja Maçônica Acácia de Itamaracá realizam ato em memória do Conselheiro João Alfredo

Ontem, dia 12 de Dezembro de 2010, a Secretaria Executiva de Cultura e Loja Maçônica Acácia de Itamaracá realizaram ato em memória do Conselheiro João Alfredo. O evento foi realidado pela manhã no Engenho São João, com a participação de Jovens do Programa Escola Aberta da comunidade de Vila Velha, e marca a memória dos 175 anos do nascimento do Coselheiro João Alfredo.

O CONSELHEIRO JOÃO ALFREDO

Data de nascimento: 12 de dezembro de 1835 - Ilha de Itamaracá (Engenho São João)

Morte: 6 de março de 1915 - Rio de Janeiro

Ocupação: Político

Cargo: Senador

João Alfredo Correia de Oliveira nasceu na CASA GRANDE DO ENGENHO SÃO JOÃO, na Ilha de Itamaracá, no dia 12/12/1835. Foi um político, abolicionista e monarquista brasileiro. Como conservador progressista esteve ligado à formulação da Lei do Ventre Livre e da Lei Áurea. Foi também o principal artífice da primeira lei universalizante sobre o registro civil no Brasil, em 1874.

Foi deputado provincial, deputado geral, ministro do Império (o ministro mais longevo no cargo em toda a monarquia), ministro da Agricultura, ministro da Fazenda (de 10 de março de 1888 a 7 de junho de 1889), conselheiro de Estado, presidente de província (Pará e São Paulo) e senador de 1877 a 1889.

Foi PRESIDENTE do Conselho de Ministros (primeiro-ministro de D. Pedro II), de 10 de março de 1888 a 7 de junho de 1889. Seu ministério assegurou a aprovação parlamentar do projeto da Lei Áurea, sendo ele o RELATOR, cuja lei foi rapidamente sancionada pela Princesa Isabel, que exercia o cargo de regente do império em razão de viagem do Imperador à Europa.

Depois da proclamação da república presidiu o Banco do Brasil. E faleceu no Rio de Janeiro em 06/03/1915.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Plano de Preservação do Sitio Histórico de Vila Velha é apresentadono próximo dia 15 de dezembro de 2010, na Capela de Nossa Senhora da Conceição.


A Secretaria de Educação e Cultura da Ilha de Itamaracá, a Secretaria de Turismo do Estado de Pernambuco – SETUR, o Programa de Desenvolvimento do Turismo – PRODETUR e o Núcleo de Acompanhamento do Plano de Preservação, de Ocupação Urbana, Paisagística e Exploração Turística do Sitio Histórico de Vila Velha – Itamaracá/PE” convidam para participar de reunião que será realizada no próximo dia 15 de dezembro de 2010, quarta –feira, as 15h00min, na Capela de Nossa Senhora da Conceição, na comunidade de Vila Velha em Itamaracá.

O objetivo dessa reunião é apresentar o Plano de Intervenções proposto para Vila Velha, construído a partir das indicações e demandas identificadas nas assembléias anteriores com a participação da comunidade e suas lideranças, gestores municipais e representantes de órgãos dos governos estadual e federal.

Dia Nacional do Forró

Luiz Gonzaga, além de homenageado, é personagem de livro que será lançado dia 13, em Recife

Na noite do dia 13 de dezembro, segunda-feira, data em que se comemora o Dia Nacional do Forró e o nascimento de Luiz Gonzaga, a cidade de Recife será palco do lançamento do livro O Rei e o baião, de Bené Fonteles. A data marca a abertura da Exposição Viva Luiz!, que culminará, no dia 29 de dezembro, com o lançamento oficial das obras do Cais do Sertão Luiz Gonzaga. A exposição se estende até 12 de janeiro, aberta de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, na Torre Malakoff, em Recife, sob a organização e curadoria de Bené Fonteles.

“O lançamento do livro é o início da mobilização e da comemoração do grande passo que o Ministério da Cultura está dando, de criar um centro de referência em torno de um dos maiores músicos e uma das maiores referências da música popular brasileira, certamente entre os três maiores compositores e cantores do Brasil: Luiz Gonzaga”, afirmou o ministro da Cultura, Juca Ferreira.

Durante a abertura do evento, o público pernambucano poderá assistir ao recital de Nonato Luiz e Cláudio Almeida, a partir das 19h. Na mesma noite, ocorrerá também a abertura da mostra “O imaginário do rei”, com os artistas Arievaldo Viana, Ciça Fittipaldi, Cícero Santana, Demóstenes F., Din, Dona Benícia Pereira, Elias Santos, Francisco de Almeida, Francorli & Carmem, Frank Castro, Gustavo Moura, João Pedro do Juazeiro, José Lourenço, Liara Leite e Seu Espedito Seleiro. A mostra traz xilogravuras, fotografias, pinturas e esculturas que destacam a história do sertão nordestino e de Luiz Gonzaga.

O livro O Rei e o baião é uma referência para a compreensão da cultura sertaneja e da herança comportamental e artística de um dos maiores intérpretes e compositores da Música Popular Brasileira. A obra de Bené reúne ensaístas textuais e visuais, compondo uma edição rica em iconografia e resenhas sobre muito do que já foi realizado acerca da grande arte de Luiz Gonzaga, conhecido como Mestre Lua. “A minha expectativa é que a obra de Luiz Gonzaga seja mais divulgada e que possamos rediscutir e redimensionar a memória que temos dele”, revelou Bené Fonteles, autor do livro O Rei e o baião.

Com a exposição, será celebrado o legado de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, às culturas brasileira e nordestina, proporcionando outras dimensão e leitura da iconografia reunida no livro, tornando mais invisível a fronteira entre a poesia e a pesquisa que marcam o conjunto das obras envolvidas.

Museu Luiz Gonzaga

O Museu Luiz Gonzaga será o primeiro museu nacional hi-tech de alto porte em Pernambuco, e destacará a importância deste ícone do sertão nordestino para a cultura e o imaginário brasileiro. O lançamento oficial do museu ocorrerá no dia 29 de dezembro, com o show do sanfoneiro e compositor Dominguinhos, Targino Gondim e outros cinco sanfoneiros. Os sanfoneiros se apresentarão no Marco Zero, a partir das 19h, com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Cultura, Juca Ferreira.

O museu será um equipamento cultural que busca valorizar e revitalizar a história da capital pernambucana. “Luiz Gonzaga reinventou o Nordeste e tirou a região do ostracismo em que se encontrava. Ele reinventou e redimensionou a cultura brasileira”, explica Bené.

O memorial, em fase de construção, é resultado de uma parceria entre o Ministério da Cultura, Governo do Estado de Pernambuco e do Porto de Recife, e representa um investimento de R$ 26 milhões, sendo R$ 21 milhões investidos pelo governo federal.

Fonte: Ministério da Cultura

Educação e arte: reflexos e reflexões

“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria”
  
Compreender e tentar definir educação em sua amplitude perpassa por entender o homem e a sua relação com o meio. Para Paulo Freire, a educação está intimamente ligada à realidade e é altamente problematizadora à medida que tem interface direta com o contexto social.

Contrariamente, observando a educação no contexto escolar, os modelos existentes têm sido fortemente criticados sempre que, em seu cerne, são identificados elementos típicos do regime industrial, onde se privilegia a produção do pensamento em massa, a hierarquia, a departamentalização de conteúdos e a fragmentação de disciplinas. Nessa mesma linha, no processo de ensino-aprendizagem, muitos pedagogos realçam as relações existentes entre a educação o regime prisional com “grade” curricular, disciplina, provas e reprovações.

Como consequência, a educação, num sentido amplo, tem “formado” sujeitos incapazes de pensar o mundo contemporâneo de forma complexa e estabelecer relações e nexos que mais se aproximem da teoria do caos do que dos modelos racionais, cartesianos. Hoje, não é admissível compreender o local sem enxergar o global e vice-versa. Os conteúdos não podem ser fragmentados em intervalos de 50 minutos de aula, pois os problemas atuais não permitem visões limitadas e matriciais.

O educador português Rui Canário, a partir desse cenário, expõe que “não é possível adivinhar nem prever o futuro da escola, mas é possível problematizá-lo. É nesta perspectiva que pode ser fecundo e pertinente imaginar uma “outra” escola, a partir de uma crítica ao que existe”. Para isso, ele recomenda que se pense a escola a partir do não escolar, aproximando-se da educação informal que nos aparece como portadoras de futuro.

Nesse contexto, a arte emerge como alternativa de desconstrução do sujeito educadamente formatado, permitindo a quebra de modelos mentais, enveredando para o olhar renovado, para a estranheza como potencializadora de surpresa. Herbert Read, filósofo inglês idealizador do Movimento de Educação pela Arte, já defendia, em meados do século XX que não era suficiente tratar a educação como um processo de difusão de idéias do mundo exterior, porém era preciso despertar a função imaginativa de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, tão presente nos artistas.

Consciente dessa problemática, a Diretoria de Cultura da Fundação Joaquim Nabuco, através da Coordenação Geral de Capacitação e Difusão Científico-Cultural, pretende convidar a sociedade a pensar e discutir as relações e interseções existentes entre a educação e a arte. Espera-se, então, que se possa questionar: Que tipo de conhecimento caracteriza a arte? Como a arte pode influenciar na educação do ser humano? Qual o papel da arte na sociedade de massa? Como a arte é capaz de romper os modelos formatados de educação? 

15/12/2010 - O que é educação hoje? Novas fronteiras

CONFERENCISTA: Alcione Araújo

MODELO DE CONFERÊNCIA: Seminário de Tropicologia criado Gilberto Freyre, com base na sua experiência na Universidade de Columbia e possui como característica essencial a abertura ao confronto de experiências intelectuais e profissionais heterogêneas, como tentativa de superação dos especialismos próprios da nossa época.

DEBATEDORES:
  1. Cayo Honorato
  2. Vladimir Safatle
  3. Alex Sandro Gomes
  4. Theresa Didier de Morais
  5. Paulo Marcondes
  6. Felipe Trotta
  7. Carlos Alberto Xavier (MEC)

16/12/2010 - Educação e arte: construção, desconstrução ou reconstrução?

DEBATEDORES E APRESENTADORES DE EXPERIÊNCIAS:
  1. Jonathas de Andrade (artista)
  2. Eduardo Homem ( TV Viva)
  3. Márcio Botner (artista e organizador da camisa Educação)
17/12/2010 - Navegar é preciso, viver não é preciso: educação e arte na época da internet. 

CASO 01: Escola Cícero Dias – PE-  H. D. Mabuse
CASO 02: Instituto Mesa – RJ  - Luiz Guilherme Vergara e Jessica Gogam
CASO 03: Luiz Guilherme Vergara – Instituto Mesa
CASO 04: Arena – RS – Maria Helena Bernardes

INFORMAÇÕES

Quando: De 15 a 17 de dezembro, a partir das 19h.
Local: Sala Aloísio Magalhães, Fundação Joaquim
Nabuco|Derby. Rua Henrique Dias, 609, Recife – PE
Inscrições: Enviar nome completo, telefone, e-mail
e profissão para o e-mail cadif@fundaj.gov.br
Contato: (81) 3073 6659 | 3073 6670

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ministro Juca Ferreira faz pronunciamento em rede nacional

Presidente Lula sanciona lei que orientará políticas culturais nos próximos 10 anos


Reconhecer e valorizar a diversidade cultural, étnica e regional brasileira; proteger e promover o patrimônio histórico e artístico, material e imaterial; valorizar e difundir as criações artísticas e os bens culturais. Esses são alguns objetivos do Plano Nacional de Cultura (PNC), sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última quinta-feira (02.12) e publicado no Diário Oficial da União dessa sexta-feira (03.12), na forma de Lei 12.343/2010.

Juntamente com a aprovação do Plano, há a criação do Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC). As diretrizes, objetivos e estratégias contidas no Plano terão validade por dez anos. Serão fixadas pela coordenação executiva a partir de subsídios do SNIIC. Essas metas serão reavaliadas periodicamente. De acordo com o projeto de lei sancionado, a primeira avaliação deverá ser realizada daqui a quatro anos.
Veja aqui, na íntegra, a publicação no D.O.U.

Futuro

Após 180 dias da sanção do Plano Nacional de Cultura (PNC) pelo presidente da República, o Ministério da Cultura deverá estabelecer metas para implementação de seus objetivos. Nesse mesmo prazo, o MinC deverá criar o conselho e a coordenação-executiva do plano.

O Plano Nacional é uma diretriz a ser seguida pelos estados e municípios, para criarem seus próprios planos de cultura. A adesão, porém, não é automática ou obrigatória. O MinC irá criar protocolos de adesão para esses entes federativos, e então subsidiar, com consultoria técnica e apoio orçamentário, a elaboração desses planos.

Fonte: Ministério da Cultura

# Leia mais sobre o PNC:
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Portaria suspende repasse de recursos para municípios sem biblioteca

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, assinou, na manhã desta quinta-feira (02), na sala de reuniões do Ministério da Cultura, uma portaria que suspende, a partir de hoje, o repasse de recursos do MinC para a prefeitura que não tiver pelo menos uma Biblioteca Pública Municipal (BPM) em funcionamento. “Essa portaria estimula a relação de compromisso com municípios que precisarão manter suas bibliotecas abertas, para terem acesso aos recursos que repassamos”, afirmou Ferreira.

Na prática, esta medida não interfere na relação do município com o Munistério da Cultura, pois a Ilha de Itamaracá, possui a Biblioteca Municipal Antonino de macedo, que nos ultimos anos passou a ter uma atenção especial da Secretaria de Educação e Cultura. A previsão é que até Junho de 2011 a Biblioteca incorpore novos recursos, tais como: uma sala de cinema e um telecentro comunitário, afirmou o Edvaldo Júnior, Secretário Executivo de Cultura.

 Para Fabiano dos Santos, diretor de Livro, Leitura e Literatura (DLLL/MinC), um dos grandes desafios dessa portaria é de expandir “a política para ampliação e modernização das bibliotecas, seja relacionado à ampliação do acervo, programações culturais das bibliotecas ou qualificação dos gestores, para que elas se tornem centros culturais importantes para os municípios”, explicou Fabiano.

Desde abril, o MinC investiu R$ 21 milhões no envio de 2 mil livros, mobiliário, TV, DVD e computador para todas as 420 prefeituras que, segundo o Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, realizado pela Fundação Getúlio Vargas, não possuíam biblioteca. Dessas, 403 prefeituras já receberam o kit. Até o final deste ano, o ministério ainda enviará os equipamentos para os 17 municípios restantes. “Essa pesquisa também permitiu que o MinC pudesse ajustar e avançar cada vez mais em suas políticas de leitura. Nesses oito anos, tivemos um enorme crescimento que pode ser traduzido pela ampliação dos investimentos, que passaram de R$ 6 milhões para R$ 95 milhões anuais, sobretudo com o lançamento do programa Mais Cultura, em 2006”, explicou a secretária de Articulação Institucional do MinC, Silvana Meireles.

O envio, pelo MinC, do material necessário para a implantação das BPMs tem como contrapartida do município a responsabilidade de manter o espaço físico adequado e garantir os recursos para o seu funcionamento. Entretanto, há casos de municípios que, mesmo tendo recebido todo o material para implantar a BPM, não cumprem as contrapartidas e sequer inauguram sua biblioteca.  Em outros casos, a inauguração é realizada, mas a biblioteca é fechada ou extinta, tempos depois. De acordo com o Censo Nacional, dos 420 municípios sem biblioteca, apenas 11 nunca tiveram o equipamento. O restante fechou ou extinguiu a sua biblioteca.

“A biblioteca é um equipamento essencial na história da cultura brasileira. No entanto, elas nunca foram tão valorizadas como deveriam ser. A portaria é indutiva e não punitiva”, enfatizou o ministro Juca Ferreira. “Se o prefeito achar que não precisa de recursos federais, ele pode manter os cidadãos do seu município alheios a essas possibilidades de informação. Mas defendemos que isso deve acabar”, explicou. Atualmente, existem 17 municípios que estão resistindo a manter suas bibliotecas abertas. “Resquícios do passado, e o Brasil do século XXI não pode conviver com esse tipo de mentalidade”, completou o ministro.

Conscientização

Por meio do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), o MinC detectou que alguns dos equipamentos estaduais estão defasados, por isso a exigência também se estenderá aos 27 estados e Distrito Federal, para que mantenham as bibliotecas públicas estaduais abertas e em funcionamento. Em geral, essas bibliotecas são a referência e sede de todo o sistema estadual.

“O MinC  dá o apoio para abrir e para equipar, mas é preciso ter a contrapartida. Estamos criando a consciência da importância de se ter uma biblioteca aberta nos estados e municípios”, explicou Ferreira, para quem é fundamental instituir uma política pública que garanta o acesso à cultura. “A biblioteca é um ambiente democrático para ampliar o acesso aos livros e formar novos leitores”, avaliou. O ministro acrescenta que ainda há outros dois ambientes de formação: a família e a escola.

A portaria que institui o funcionamento da biblioteca pública como pré-requisito para que a prefeitura ou estado receba recursos do Ministério da Cultura é o primeiro dispositivo desse tipo a ser aplicado a todos os requerentes.

Portal Leia Mais. Seja Mais

Ainda este ano o MinC também lançará o portal Leia Mais. Seja Mais, de incentivo à leitura. Trata-se de um espaço virtual para diversos públicos, inclusive para quem não tem o hábito de ler, onde haverá informações e depoimentos de autores brasileiros e obras, que vão desde a literatura contemporânea até os grandes clássicos, bem como dicas de projetos bem sucedidos de leitura. Boa parte do material estará disponível em versões multimídia.

O Portal será também um espaço para saber onde encontrar bibliotecas públicas e comunitárias, pontos de leitura e para o internauta comentar sobre a biblioteca da sua cidade.

Fonte: Ministério da Cultura
Adaptação: SECULT