Em 2010, o projeto acontece de 08 a 30 de maio, trazendo 35 espetáculos, de 30 companhias
Pelo 4º ano consecutivo, Recife recebe o maior evento de artes cênicas do país. Promovido pelo Sesc, o Festival Palco Giratório Brasil-Recife traz para o público local uma programação múltipla de espetáculos, passando por vários estilos e linguagens cênicas. De 8 a 30 de maio, a capital pernambucana será o palco de 35 montagens, de 30 companhias, vindas de 12 estados brasileiros.
Desse repertório, 15 grupos foram selecionados por uma curadoria nacional do projeto Palco Giratório e farão circulação por todos os estados do país. Aqui, eles se juntam a outras 15 companhias convidadas pela coordenação local para compor a programação do festival do Recife. “A idéia é promover a produção local e permitir aos artistas o acesso ao que está sendo produzido no país”, diz Galiana Brasil, coordenadora do Festival Palco Giratório Brasil-Recife. “Sem falar que essa mistura torna o evento ainda mais rico para o público”, completa.
Os espetáculos estão distribuídos em sete teatros da cidade, a preços populares, além de apresentações gratuitas na Praça do Campo Santo, em Santo Amaro, e no Centro de São Lourenço da Mata. “O projeto tem mesmo esse objetivo, o de descentralizar e democratizar o acesso ao teatro”, diz Galiana Brasil. Na programação, opções para crianças e adultos, cobrindo os mais variados gêneros como o drama, comédia, dança e formas animadas. Para a classe artística e para os que desejam conhecer mais do universo das artes, o projeto promove, ainda, atividades formativas, como debates, pensamento giratório e oficinas.
Para a edição 2010, a coordenação do Festival Palco Giratório Brasil-Recife fará uma experiência inédita no projeto, a de oferecer o recurso da áudio-descrição dirigido ao público com deficiência visual. Quatro espetáculos foram escolhidos para receber a técnica: Leve, O Fio Mágico, Guerreiros da Bagunça e Um Rito de Mães. “Fizemos um recorte da diversidade das linguagens que formam o Festival (como dança, teatro de bonecos, teatro infantil e teatro adulto) para promover essa inclusão de forma mais ampla”, diz Galiana Brasil.
A atriz e mestranda em educação inclusiva Andreza Nóbrega fará a áudio-descrição dos espetáculos selecionados. O projeto faz parte de uma pesquisa que ela realiza sobre o tema: Caminhos para inclusão: refletindo sobre a ação didática no Teatro para Crianças Cegas, orientada pelo professor Francisco Lima (UFPE). Serão disponibilizados 40 equipamentos individuais por espetáculo. “Funciona com a tecnologia semelhante à utilizada na tradução simultânea (cabine acústica e hadfones), mas a técnica é completamente diferente, porque a tradução acontece nos intervalos silenciosos da trama”, explica Andreza.
CIRCUITO NACIONAL - Este ano, Pernambuco será representado nacionalmente pelo Grupo Experimental. A companhia de dança recifense está no seleto grupo que fará circulação nacional, com os espetáculos Zambo, que inclusive irá abrir o Festival do Recife, e com Conceição. “Essa seleção veio em um momento bem especial. Vamos fechar com chave de ouro as comemorações pelos 15 anos do Grupo. Será uma oportunidade de amadurecimento maior da nossa equipe pela possibilidade da troca de experiências”, diz Mônica Lira, diretora do Grupo Experimental.
A dança pernambucana, com todas as suas particularidades que retratam a realidade cultural da cidade, será vista em 41 cidades brasileiras. A temporada começa no dia 10 de abril, em Fortaleza, e termina no dia 26 de novembro, no Rio de Janeiro. Serão 53 apresentações, sendo 6 de Zambo, uma tradução em dança do movimento manguebeat, e 47 de Conceição, a montagem mais recente da companhia que trata da celebração de fé que acontece todos os ano no Morro da Conceição. “As expectativas são as melhores possíveis, já participamos de turnês internacionais, mas nenhuma tão grande quanto a do Palco Giratório”, comenta Christianne Galdino, produtora do Grupo Experimental.
No segundo semestre, o Palco Giratório volta a Pernambuco com os espetáculos Encantragos (CE) e Filhas da Mata (RO), para cumprirem temporada pelas cidades do interior do Estado, onde há unidades do Sesc. Além disso, as Aldeias do Velho Chico (Petrolina) e Olho D’Água dos Bredos (pela primeira vez em Arcoverde), acontecem em agosto e dezembro, respectivamente. A programação completa, sinopses, ficha técnica e fotos dos espetáculos, histórico dos grupos participantes, endereços dos teatros, estão disponíveis no site http://www.sesc-pe.com.br/palco2010/
Fonte: SESC-PE
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