Luiz Arthur Torres Jasmin, o Luiz Jasmin, filho de Felippe Jasmin e D. Wanda Torres, nasceu em 11 de outubro de 1940, na cidade de Salvador-BA. Sua infância foi em Salvador, ao lado da família, que mantinha laços de grande amizade. Após separação dos seus pais, em 1948, mudou-se para o Rio de Janeiro com o pai e a irmã, a bordo do navio Ana C, deixando para traz, a Bahia, a Mãe e toda uma infância marcada de belas e tristes lembranças.
Ao Chegar ao Rio de Janeiro, Luiz Jasmin, foi morar com os tios João e Noêmia, em Vila Izabel, onde viveu sua adolescência. Após Vila Izabel, o Artista passou para COPACABANA e se hospedou no Hotel Miramar, na Avenida Atlântica, que na época ainda estava em construção. Luiz Jasmin estudou Colégio ANGLO-AMERICANO – RIO e lá fez inúmeras amizades que perduram até hoje, mesmo com a distância geográfica.
Em caráter extracurricular, frequentou aulas de desenho e pintura com a professora portuguesa Emília Leite. Por se destacar, como desenhista e retratista, recebeu a incumbência de retratar uma personalidade, em 1952, por ocasião da visita ao Brasil, do Primeiro Ministro de Portugal - ANTONIO OLIVEIRA SALAZAR.
Frequentou o atelier do professor Rodolfo Chamberland, para aulas de desenho com modelos vivos e após o término de seus estudos básicos, ingressou no INSTITUTO DE BELAS ARTES DO RIO DE JANEIRO.
Enquanto cursava, no Instituto de Belas Artes, montou seu primeiro atelier com outros artistas, em Copacabana, no Edifício 200, e lá trabalhou incessantemente com o objetivo de realizar sua primeira exposição individual.
Sua “estréia” foi na Biblioteca Pública de Salvador-BA, aos vinte anos, com grande repercussão junto aos artistas, autoridades e a sociedade em geral, recebendo como prêmio da Universidade Federal da Bahia, uma bolsa para concluir seus estudos na Escola de Belas Artes de Paris. Estudou também com o Prof. André Masson, na Academia de “La Grande Chaumière” e nesse ínterim retrata as mais importantes mulheres da Sociedade e da Nobreza parisiense, expondo seus “portraits” NA GALERIE DE MARIGNAN.
Voltando ao Rio de Janeiro realizou diversas ilustrações, para as Revistas “Senhor” e “Planeta”, O Globo e para o Jornal do Brasil, em eventos fechados, onde não era permitido o ingresso de fotógrafos e da imprensa.
Em 1966, segue para Nova York a fim de estudar Gravura no Pratt Institute, fundado por Jackson Pollock. Nesse período foi contemporâneo de Andy Warhol. Manteve contatos com Salvador Dali, o mestre do surrealismo, com o qual realizou uma exposição conjunta em Southhampton a convite da Burgos Galleries, e também, retratou as grandes figuras da sociedade de New York, como Christine Ford II, Eunice Gardiner, Merle Oberon entre outras, compondo com desenhos, sua exposição individual, apresentada por Earl Blackwell. É apontado pelo jornal CELEBRITY BULLETIN, (Wednesday october 26th 1966), como CELEBRITY OF TODAY.
De volta ao Brasil, desenha as primeiras capas de discos de: Maria Bethânia – (Censurada), Maysa, Gal Costa, Clara Nunes, Marília Medalha e outras. Atuou no teatro como produtor e ator na peça de autoria de Antônio Bivar, “Cordélia Brasil”, com Norma Bengell, também, Censurada pela Ditadura Militar.
Na década de 70 retratou jogadores da seleção brasileira, tais como Jairzinho e Rivelino, cujos originais fazem parte do acervo do Museu de Belas Artes do RJ.
Em 1973 muda-se para a Bahia, morando alguns anos na praia de Piatã e depois no Rio Vermelho. Enquanto esteve em Salvador elaborou o Painel para a Secretaria Estadual da Justiça no centro Administrativo da Bahia, e para alguns edifícios residenciais.
Sua carreira tomou um grande vulto, torna-se um dos mais renomados desenhistas e retratistas do Brasil, realizando inúmeras exposições individuais e coletivas; é reconhecido pela mídia nacional e internacional. Atuou em outros setores como o cinema, teatro, televisão, e seus desenhos, pinturas e painéis fazem parte de coleções particulares e públicas.
Em 02 de fevereiro de 1980 chega à Ilha de Itamaracá, em Pernambuco, na Vila Velha de Nossa Senhora da Conceição, a fim de recolher-se e pintar exposição para Londrina, recebendo então convites para diversas exposições, incluindo São Paulo e Recife pela Ranulpho Galeria de Arte.
De 1984 a 1987, embora morando em Itamaracá, dirige o MAB - MUSEU DE ARTE DA BAHIA, transformando-o no mais concorrido espaço cultural de Salvador. Valorizando o acervo permanente, e promovendo várias exposições temáticas como: “50 Anos do livro “Casa Grande e Senzala” de Gilberto Freire; “Dez Casos de Amor e uma Pintura de Câmara” de João Câmara; “Pinturas de Caymi, nos seus 70 anos”; “Apoio às obras assistenciais de Irmã Dulce”.
Em 1987, seu amor pela culinária, leva-o a montar na Ilha de Itamaracá, o famoso restaurante “PORTO BRASILIS” cuja qualidade inovadora merece prêmios e reconhecimento nacional e internacional, tornando-se uma referência gastronômica. Recomendado por revistas importantes como a Exame Vip do Brasil, a TRAVELER de New York (maio de1988) e a LE FIGARO (5 de junho de 1993) de Paris, além dos Guias anuais de turismo de vários países.
Em 1994, volta a expor no Recife, redescobrindo o “MARACATU RURAL”.
EM 1995, no “V CEARÁ - CINE” apresenta a coleção “CENAS DO CINEMA BRASILEIRO”.
As coleções: “MARACATU RURAL” e “CENAS DO CINEMA BRASILEIRO”. Pertencem ao acervo da Transportadora ITAMARACÁ Ltda.
Em 1999 elaborou a Série de Painéis - “NORONHA EM GRANDES FORMATOS”
Em 2001 pintou o painel com as crianças da ONG “ARTEVIDA” para a decoração da Praça do Entroncamento no Recife.
Em 2002 repete essa ação voluntária explorando o tema do Pastoril que é uma importante manifestação folclórica do Nordeste.
2003 / 2004 - PAINEL MÚLTIPLO – “Persistência do Tempo” - (1,65 x 2,33 m) A paisagem que se descortina do seu ateliê, enquadrando a Ilha da Coroa do Avião, no encontro do canal de Santa Cruz com o Oceano é uma constante no seu trabalho na Ilha de Itamaracá.
2003 - Ilustrou os painéis indicativos da “Trilha dos Holandeses” em Itamaracá, ligando o Forte Orange à Vila Velha, para o MOWIC - Foundation for Exploration and Conservation of Monuments of the Dutch West India Company (Fundação para o Estudo e Conservação de Monumentos da Índia Ocidental).
2005 – Pintou a Coleção “AMERÍNDIOS” em homenagem a “NOÊMIA MOURÃO”.
2006 – Expôs parte da Coleção no Gabinete Português de Leitura de Pernambuco – Recife. Ainda em 2006 pintou os painéis em cerâmica para a Ilha de Itamaracá. (6m². cada)
2007 – Expôs parte da Coleção na Embaixada da França no Brasil – Brasília-DF.
2008 – Fundou a OSCIP – “ENSINARTE” congregando outros artistas e promotores culturais da Ilha de Itamaracá, para promover a valorização dos artistas e promotores culturais, otimizando o seu mercado de trabalho, com ênfase na viabilização de seus projetos de educação pela arte, valorizando o Patrimônio Cultural e o Meio Ambiente.
Participou da FLIPORTO-2008 – Festa Internacional de Literatura de Porto de Galinhas-PE, expondo sobre o tema “Trilhas da Diáspora”
Em 2009, Luiz Jasmin foi homenageado pelo Programa Escola Aberta, no I ENFOLC da Ilha de Itamaracá, promovido pela Prefeitura através da SECULT e Programa Escola Aberta.
Atualmente, Luiz Jasmin participa como voluntário, do Programa Escola Aberta em Vila Velha, em Itamaracá - PE.
Hoje, com 69 anos de idade, dos quais quase a metade foram dedicados a Ilha de Itamaracá, Luiz Jasmim, este artista de múltiplo dom, ainda está em atividade nequele lugar onde pisou pela primeira vez e nunca mais saiu, a inigualável: Vila Velha.
SERVIÇO:
Atelier de Luiz Jasmin: Rua João Paulo II, Vila Velha – PE, Caixa Postal nº. 15 CEP – 53.900-000 - Ilha de Itamaracá - PE
FONES: ( 55 ) 81-8898.0089 / ( 55 ) 81-8633.1441
Email: luizjasmin@hotmail.com / newtonbezerra@hotmail.com
Fonte: Arquivo pessoal do Artista Luiz Jasmin, gentilmente cedido para publicação desta matéria.